Unguentos & afrodisíacos, plásticos...

Unguentos & afrodisíacos, plásticos

Rasgos incontestes de reações

No pasto risível da proeza impressa

Com a impressão de que tudo está passando

Em cada passo, de dar dó em nó

Inda que levanta brava voz, paladina

Por quem da palavra tenta uma luz

Que se descortina fulgidia e espessa

Nesses enroscos mercantilistas do papel

Ah! ávido papel, que tanto se busca

Página branca que se preenche diuturnamente

Com essas coisas que vem do coração e da alma

Das poucas luzes no fim do túnel

Bravios defensores da estética rugem

Qual a estética da palavra?

Mal se preza a olhar a pedra bruta

Que os anos vão lapidando a contento

E dos avarentos que o ápice chegam

Tantas pedras impõem para quem está a caminho

Nem aos deuses, menos ainda ao inferno

Apenas a palavra por escrever

Se sou poeta ou não, ainda escrevo

Assim como tantos outros que por aí vão

Do papel à internet, página sobre página

É sempre uma alegria escrever

O gostar é tão prolixo como a recusa

Mas fica a critério dos gostos

Para os demandos, apenas um riso

Iconoclastas de um claustro obtuso

Pois a palavra é um ente livre

Como a luz que para todos brilha...

Ser execrar quem quer que seja

Apenas sigo um caminho escolhido

Pedras sempre existiram pela frente

Assim como aqueles que leem e outros não!

É na calma natural do ser humano que se adentra ao bom da vida!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 03/08/2005
Código do texto: T40052
Classificação de conteúdo: seguro