de onde o poema parte

não sei de onde ele parte

de alguma terra, de uma

cidade esmagada pela febre

ou pela fome, ou será que o

poema parte...não sei...

talvez o poema nunca existe

antes dos dedos, do pulsar

das veias, ou do esfregar

das tripas...ou das horas

de martírio, não da dor

do seu parto, mas da dor

de não existir nada a nascer

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 25/11/2012
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