NECESSIDADE DE MORRER
A cada dia que passa, mais uma morte minha é anunciada
Quantas vezes morremos para dar vida a um novo viver?
Inúmeras vezes, momentos passaram e não conseguimos nos conter
Pedro já anunciou todas as mortes de todo ser humano
E de todas elas já tive, e outras se limparão ao passar de um simples pano
Em todos os rios entrei com saudoso conhecimento
Balela em acreditar que são diferentes em seus momentos
Premeditação da morte sempre acontecida
Vamos morrer em prantos de não conseguir atingir
A pessoa que sempre opta pela imensa alma de mentir
Morrerei a cada dia que o entoar da poesia não corra em meu sangue
Morto em guerra, marcas vermelhas em traços a parar o tanque
De força incomum a iludir seres vivos tão comuns
Comoventes pelo luar sempre estático e vivo
Morro para ver todo esse povo atingido
Atingido pela necessidade de um dia poder morrer
Para reviver o tão implorado prazer de se viver
Que hoje morra todos os seres do contingente do ter
Lúdico por lúdico, o mais importante é o seu ser
Que sabe morrer quando deve, e viver no tocar do espere