NECESSIDADE DE MORRER

A cada dia que passa, mais uma morte minha é anunciada

Quantas vezes morremos para dar vida a um novo viver?

Inúmeras vezes, momentos passaram e não conseguimos nos conter

Pedro já anunciou todas as mortes de todo ser humano

E de todas elas já tive, e outras se limparão ao passar de um simples pano

Em todos os rios entrei com saudoso conhecimento

Balela em acreditar que são diferentes em seus momentos

Premeditação da morte sempre acontecida

Vamos morrer em prantos de não conseguir atingir

A pessoa que sempre opta pela imensa alma de mentir

Morrerei a cada dia que o entoar da poesia não corra em meu sangue

Morto em guerra, marcas vermelhas em traços a parar o tanque

De força incomum a iludir seres vivos tão comuns

Comoventes pelo luar sempre estático e vivo

Morro para ver todo esse povo atingido

Atingido pela necessidade de um dia poder morrer

Para reviver o tão implorado prazer de se viver

Que hoje morra todos os seres do contingente do ter

Lúdico por lúdico, o mais importante é o seu ser

Que sabe morrer quando deve, e viver no tocar do espere

Literatto Brasil
Enviado por Literatto Brasil em 25/11/2012
Código do texto: T4004095
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