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Retratos Mascarados de Alegria




Estes espinhos  espalhados na estrada
Como lanças impostos na    caminhada
Impiedosos  sangram  amargo  pranto
A verter no descontrolado desencanto


 
Este silêncio que emoldura frias noites
Cortado pelo som do impiedoso açoite
Que  indiferente chicoteia  a existência
Surdo ante das súplicas por clemência


 
Salgadas lágrimas que o existir   inunda
Sepulta  expectativas em cova profunda
Solidão  vestida de  dissimulados sorrisos
Caos descortinado neste porto impreciso


 
Retratos ocultados sob a ilusória alegria
 
P
oderosas máscaras sufocam a nostalgia
Existências descartadas  impiedosamente
Agonia  que torna os corações dementes


 
Clamam  tais  almas pela paz e serenidade
Gritam no peito o despertar da felicidade  
Sob o manto da  esperança  clamam  vida
Bálsamo de paz capaz de cicatrizar feridas.



(Ana Stoppa)
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 25/11/2012
Reeditado em 25/11/2012
Código do texto: T4003957
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