Mendigo

Mendigo

Humilhados, pilhados... Esmagados!

Das riquezas... Ilhados?

Morador das planícies, das praças...

Das belas avenidas, das ruas...

Da vida, qual a graça?

Nua e crua...

Abandonados... Garrafa d’água... Identificados!

Escorraçados!

Pestilentos, nojentos, sujos imundos.

Procurem seus lugares, seus mundos!

Rasgados!

Nus... Fragilizados!

Famintos... Mendigos!

Descalços!

Desdentados!

Sem rumos!

Horizonte... O que da vida esperar?

Onde Deus encontrar? Só orar?

Existe?

Insiste...

Mas por que a vida tão dolorida...

Tão sofrida...

Tão adversa, com destinos adversos...

Só lembrada por poetas em versos?

Morador das marquises, das pontes e viadutos, das calçadas.

Sozinhos, sem amadas, nunca amantes,

Delirantes ambulantes!

Da vida qual a esperança?

Morto andante? Caminhante?

Mas de Deus, só vagas lembranças?

O alívio do meu abandono da minha dor;

Só desenganos e minha face de horror...

Deus é Amor?

SPedrinha 20/03/2011

BNandú
Enviado por BNandú em 24/11/2012
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