ALÔ, QUERIDA
Preciso falar com você
Preciso de qualquer jeito
Há tanta coisa a dizer
Presa na garganta e no peito.
Tento ver você de longe
Acalmar a paixão que abrigo
Mas preciso é lhe ouvir, lhe falar
Me ajude, telefone amigo.
E ouço: "Alô". É sua voz
Tão doce, meiga e tão pura
"Alô, querida, sou eu
Seu escravo e da loucura".
Sou louco por querer o impossível
Mas lhe quero e ao seu coração
Vem, minha deusa adorada
Tirar-me dessa solidão
Aperto o telefone mais forte
Venha, amor, preciso lhe ver
Tocar seu rosto querido
Vamos ver o amanhecer
Apenas você me ouve
Será que realmente me escuta
Não acredito que você não me ama
Contra isso minha alma reluta
Sofro talvez até demais
Sofrem a alma e o coração
Ajude-me, preciso lhe ver
Por favor, não me diga não
Só ouço você respirar
Parece que está chorando
Depois só ouço o "clic"
Choro ao telefone desligando.
Mas lhe quero