O azul se encolhe em linha inerte...
...A gaivota não tem mar
Bate asas, caem escritas,
Versos já não podem piar
Penas levadas ao vento
que junto com folhas
pululam no ar...
Versos já não podem piar
Penas levadas ao vento
que junto com folhas
pululam no ar...
Tenho sede
Sinto fome
Onde está meu naco de pão?
Quero um mar de pouso
Mão que seja cama...
A palma, a calma
Um parceiro de vôos miragens
Deslizes em ondas d’águas
Mariscos pra bicar
Tenho fome
Tenho sede
O medo cansando a asa
Faz peso...
O destino é ilha sem mar
Minh’alma gaivota
é rabisco no céu
Sem direção pra voar