A MORENA E O PESCADOR
                      Fernando Alberto Couto
 

       Enquanto lágrimas rolavam,
       pela face daquela morena,
       as densas brumas do mar,
       lentamente, devoravam
       as velas da jangada pequena,
       mesclando segredos no ar.
 
       Dores de um amor encantado
       que, para conseguir sobreviver,
       fez um trato com a saudade,
       sendo à distância condenado
       sempre que a maré quiser
       impor toda sua vil autoridade.
 
       Pois a mesma maré traiçoeira,
       se, às vezes, oculta o pescador,
       impondo à morena, a solidão,
       outras vezes, o devolve à areia,
       pra reviver aquele grande amor,
       em momentos de pura emoção.
 

                           SP – 22/11/12




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Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 22/11/2012
Reeditado em 22/11/2012
Código do texto: T3999920
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