SCIENCE
 
 
 
 
Abre a porta e chora pela surpresa...
Qualquer canção de amor faria isso,
Para ignorar o barulho da alma inquieta
Dentro do corpo blindado...mais um.
Nunca disse que os anos seriam respostas.
Nunca disse que qualquer canção,
De amor ou para doação de afeto,
Evitaria a duplicidade das intenções,
Ou o impacto sobre os joelhos
Ao se dobrarem ante a dor.
 
Deixado lá, para morrer antes do entardecer,
Caminha-se para se ouvir o barulho das folhas,
Até que a carne se desprenda dos ossos,
E até que os ossos paralisados sobre a terra
Dispensem as razões em que a pele insiste.
Promessas para se sentir o que se engole,
E tudo aquilo que a análise diz do fracasso.
 
Pontiaguda como tem de ser a invenção,
Minhas infindáveis duas mãos inquietas
Exuman os ossos que se tornam areia,
E os sinos evitam o brilho da ilusão.
É só escultura orgânica sem solução.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 22/11/2012
Código do texto: T3999165
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