Complicadamente simples
Já hoje me perguntei, Oh Deus, pra quê tanto tempero
nessa papa de arroz?
A papa, que sou eu,
não por ser branco,
mas por ser sem sabor.
Pra quê complicar o que é tão simples.
Arroz que não é nem amado
nem odiado.
É arroz!
E só tem valor quando se estar acompanhado.
Sozinho continua sendo apenas
arroz!
Então Deus me diz, Tu não és arroz que é simples,
é humano e complicado.
Mesmo que minha complicação seja simples.
Sou sentimento e amor!
Que é complicado,
mas é complicadamente simples,
como arroz temperado.