Complicadamente simples

Já hoje me perguntei, Oh Deus, pra quê tanto tempero

nessa papa de arroz?

A papa, que sou eu,

não por ser branco,

mas por ser sem sabor.

Pra quê complicar o que é tão simples.

Arroz que não é nem amado

nem odiado.

É arroz!

E só tem valor quando se estar acompanhado.

Sozinho continua sendo apenas

arroz!

Então Deus me diz, Tu não és arroz que é simples,

é humano e complicado.

Mesmo que minha complicação seja simples.

Sou sentimento e amor!

Que é complicado,

mas é complicadamente simples,

como arroz temperado.

jeffeson moura
Enviado por jeffeson moura em 22/11/2012
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