Mãos vazias

"Eu tenho os olhos doidos, doidos, já vi

Meus olhos doidos, doidos, são doidos por ti"

(Nei Lisboa)

O que faço

com as

lembranças

penduradas

na janela,

por onde vejo,

nesses galhos

soltos da alma,

ramos ralos

num arvoredo

de dor

que não acalma

Todas as canções

foram feitas

para nossa

caminhada,

que nunca

aconteceu.

Por aqui

não é época de limão...

E lá se vai mais um verso

perdido,

embotado,

pedindo perdão.