COMO SE NADA EXISTISSE
O Sol me acordou cedo,
Fui ao encontro dele
Caminhar.
A praia estava deserta,
Céu limpo,
Uma manhã de final de outono.
Havia chovido na madrugada
O cheiro de terra molhada
Misturava-se com o cheiro do mar,
O vento frio batia na pele arrepiando-a.
De repente você aparece linda
De vestido branco
Quase transparente
Mostrando um corpo perfeito.
Corrias pela beira mar,
As ondas beijavam teus pés descalços,
Senti ciúmes daquela espuma.
Mas você veio de braços abertos
Como a dizer não tenhas ciúmes
Eu sou tua
E me abraçando forte,
Nos beijamos como se nada existisse
Só aquele momento,
Único,
Tendo o Sol por testemunha
Que irradiando um sorriso,
Nos abençoou...
Marcus Catão