Estou na luta, na justa
Restaram-me cacos de vidro nas mãos
Bolhas enormes nos pés
Corpo cheio de arranhões
Mas não me dei por vencido
Eu sou poeta
Estou aprendendo a amar
Nesses momentos vou tolerando
Não deixo que tirem de mim a lucidez
Devolvo com a luz e com a graça do amor
O mal que me fazem
As pedras que tentam atirar
A palavra áspera que proferem
Tentando fazer-me calar