CAPACIDADE DE PENSAR

No cantar silencioso da noite inquieta

Sensações inigualáveis que ninguém espera

E sente apenas aqueles que não têm voz para falar

Mas que em um simples olhar

Coloca a tudo em seu interior construir

E faz do imenso fervor o exterior sentir

E guardam em suas mentes

Memórias de tudo o que não aconteceu

Falam de algo que nunca foi o motivo teu

Para viver o simples das palavras para não provocar o dizer

Palavras sinceras de desejos contidos

Se soltam ao tocar das costas de quem o rosto esconde

Atrás de todo monte desbravado sem fortes fardas

Para encontrar quem foi nunca amada tampouco tocada

Por quem só toca a pena para transformar toda pena

Em dizeres vazios aos olhos de quem não sente

Caminhos feitos de insegurança

Sobretudo da insanidade de falsas esperanças

Promovidas pelos seres que não podem aqui estar

Contudo, prontos para destruírem qualquer sentimento de amar

Esse sentir tão fabricado e modelado

A ter o que sempre sentir

Em livros que se dizem orientar, eis o verdadeiro mentir

Longe de um dia daquele fabuloso ser

Que se pôs a pensar em resgatar a figura humana dita protegida

Em campos de flores renascidas

Por belos versos de gloriosos eternos

Que hoje em efêmeras palavras se lançam ao vento

Para, quem sabe, buscarem qualquer sentimento

Na crença no poder de tudo reavivar

Para colocar todo ser

Apenas na capacidade de pensar

Literatto Brasil
Enviado por Literatto Brasil em 21/11/2012
Código do texto: T3996776
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