CAPACIDADE DE PENSAR
No cantar silencioso da noite inquieta
Sensações inigualáveis que ninguém espera
E sente apenas aqueles que não têm voz para falar
Mas que em um simples olhar
Coloca a tudo em seu interior construir
E faz do imenso fervor o exterior sentir
E guardam em suas mentes
Memórias de tudo o que não aconteceu
Falam de algo que nunca foi o motivo teu
Para viver o simples das palavras para não provocar o dizer
Palavras sinceras de desejos contidos
Se soltam ao tocar das costas de quem o rosto esconde
Atrás de todo monte desbravado sem fortes fardas
Para encontrar quem foi nunca amada tampouco tocada
Por quem só toca a pena para transformar toda pena
Em dizeres vazios aos olhos de quem não sente
Caminhos feitos de insegurança
Sobretudo da insanidade de falsas esperanças
Promovidas pelos seres que não podem aqui estar
Contudo, prontos para destruírem qualquer sentimento de amar
Esse sentir tão fabricado e modelado
A ter o que sempre sentir
Em livros que se dizem orientar, eis o verdadeiro mentir
Longe de um dia daquele fabuloso ser
Que se pôs a pensar em resgatar a figura humana dita protegida
Em campos de flores renascidas
Por belos versos de gloriosos eternos
Que hoje em efêmeras palavras se lançam ao vento
Para, quem sabe, buscarem qualquer sentimento
Na crença no poder de tudo reavivar
Para colocar todo ser
Apenas na capacidade de pensar