Gente Sol
Na manhã de invernoprimavera,
tempo nublado e dia cinza.
Necessidade de brilho.
Necessidade de dourado.
Necessidade de amarelo.
Como o Sol está deitado
sobre a cama de nuvens plúmbeas
abre-se o porta-joias.
Nos dedos, coloca-se anéis de ouro.
Nos pulsos, pulseiras e braceletes.
No pescoço, cordões e pigentes.
Sai brilhando,
Irradiando vaidade,
Sentindo-se o Sol.
Gente-sol nesta manhã escura
e na falta de brilho próprio.
Mulher Lua.
Leonardo Lisboa, Barbacena 09/11/2000.
POEMA 844 – Caderno: Amor Dormido e Sonhado.