Solidão

Eis aqui minha desdita:

Óbvia armadilha da vida,

Pegou-me a vil maldição.

De tanto dizer que "Não!"

Minha cabeça baixa-se ao "Sim"

Agora bem perto do fim

O alicate fechou a argola,

Dependurada numa gaiola

Espero que alguém me acuda

Mas como gritar se estou muda?

Não ouço ruído nenhum

Lampejo não vejo algum

Caio enfim nesta desgraça

E dentro da minha carcaça

Cresce enfim o embrião

Do que virá a ser solidão.

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 19/11/2012
Código do texto: T3993273
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