Homem-Decadência
Tanta decadência
guerra e demência
e sanidade insana
dos que bebem fogo.
Malogrados déspotas
e não há afagos
é só a truculência
de bombas atrozes.
E já não há penitencia
só vejo clemência
já extinta e posposta
e clamores de indulgência.
Tanta eversão corrompe
as mentes malsãs
e é esse combate
que sustenta o asco.
Explosões de dissenção
e o sangue borbulha
no asfalto e nas vitrines
enquanto morrem todos.
E nos mercados de moscas
ossos derretidos e fumegantes
alimentam o raquitismo
e bebericam olhares moribundos;
e é o cataclísmico vivo
e é o principio do princípio
e é o final do final
onde homens-traças corroem sua própria espécie.