Um poema empoeirado que nunca será lido

Hefesto forjou uma caixinha de música para mim

E no alto da montanha o fogo queima os cabelos de Prometheu

Gaia devia estar distante quando Cronos resolveu se rebelar-se

mas ainda vejo o fogo da esperança nos olhos de Perseu

Mas um doce engano pois onde está o néctar dos céus?

Duas luzes esverdeadas iguais aos olhos da minha amada

mas que gosto deve ter o mel da via láctea?

Esta tudo aquém do que eu imaginava flores murcham na janela e

Pessoas caem da escada e estando tu sentada na sacada a me olhar tão Compenetrada

Queima o incenso e a fumaça parece um faisão no ar

Hermes briga com o vento para ver quem primeiro irá chegar

Onde a pulsação há vida? E onde não há pulsação há uma ferida?

Ares tirou muitas vidas, tudo isso para beber o mel das suas feridas

O amor igual uma nuvem quer se dispersar

E se escondendo nos raios de Zeus querem me afrontar

Nas colunas dórias fiz um recital

Um theatro atenisense destruído por eoló no final

E o néctar dos deuses era sujo igual sangue que mancha um punhal.

Carlos Henrique de Azevedo
Enviado por Carlos Henrique de Azevedo em 18/11/2012
Código do texto: T3992938
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