Um poema empoeirado que nunca será lido
Hefesto forjou uma caixinha de música para mim
E no alto da montanha o fogo queima os cabelos de Prometheu
Gaia devia estar distante quando Cronos resolveu se rebelar-se
mas ainda vejo o fogo da esperança nos olhos de Perseu
Mas um doce engano pois onde está o néctar dos céus?
Duas luzes esverdeadas iguais aos olhos da minha amada
mas que gosto deve ter o mel da via láctea?
Esta tudo aquém do que eu imaginava flores murcham na janela e
Pessoas caem da escada e estando tu sentada na sacada a me olhar tão Compenetrada
Queima o incenso e a fumaça parece um faisão no ar
Hermes briga com o vento para ver quem primeiro irá chegar
Onde a pulsação há vida? E onde não há pulsação há uma ferida?
Ares tirou muitas vidas, tudo isso para beber o mel das suas feridas
O amor igual uma nuvem quer se dispersar
E se escondendo nos raios de Zeus querem me afrontar
Nas colunas dórias fiz um recital
Um theatro atenisense destruído por eoló no final
E o néctar dos deuses era sujo igual sangue que mancha um punhal.