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Teimosia*
 
 
dou-te minha ausência
pois não me penso sem ti
salgo-te as mãos
com as lágrimas sentidas
vãos dos meus olhos doridos
enquanto permitem-me
-ainda-
ser matéria e espírito
 
 
dou-te meus sorrisos
pois aquém as melodias da morte
os lábios curvam-se ante teu fascínio
 
 
dou-te minha alma rasgada
pelo verso entretecido no húmus da noite
que famigerada, louca e abusada
busca-me entre linhas de prata
fios de luas bandidas
entre estrelas apagadas
e galáxias esquecidas
 
 
e a palavra-teimosa- pulsa frágil vida.
 
 
Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 18/11/2012
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