A BRISA

A brisa veio devagar e foi levando o seu cheiro

Para muito longe, bem distante do meu olfato.

Não adiantou meu coração valente e guerreiro

Enfrentar esse ventinho e levá-lo ao desacato.

Perdi o seu cheiro de moreno lindo e capaz

De me fazer feliz por toda essa grande vida

Que me apresentou aquele galante rapaz

Do qual me tornei amada feliz e querida.

Hoje desse romance resta à saudade e a capa

Encardida com folhas do tempo jogadas ao vento

Lá se foram longínquas épocas onde a vida escapa

Caindo na mais profunda e fria vala... ao relento.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 18/11/2012
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