A BRISA
A brisa veio devagar e foi levando o seu cheiro
Para muito longe, bem distante do meu olfato.
Não adiantou meu coração valente e guerreiro
Enfrentar esse ventinho e levá-lo ao desacato.
Perdi o seu cheiro de moreno lindo e capaz
De me fazer feliz por toda essa grande vida
Que me apresentou aquele galante rapaz
Do qual me tornei amada feliz e querida.
Hoje desse romance resta à saudade e a capa
Encardida com folhas do tempo jogadas ao vento
Lá se foram longínquas épocas onde a vida escapa
Caindo na mais profunda e fria vala... ao relento.
DIONÉA FRAGOSO