SEREIA
Repousa no mar um'esperança
na verde cor das ondas e das velas.
Umas aves silenciosas e opacas
desvendam mistérios da superfície
Repousa no mar um'esperança
na verde cor das ondas e das velas.
Umas aves silenciosas e opacas
desvendam mistérios da superfície
das águas
em múltiplas aquarelas.
Adormecida, ela está à espera
de luz e do ar da primavera.
Surge silenciosa e bela,
na vastidão do horizonte
e em rochas calcificadas de paixão.
São sinuosas as formas dessa fêmea
antes morta,enregelada,ou esquecida.
Desperta do sonho essa quimera
e se colocam lânguidos e desejosos
os fartos seios da donzela.
Conhecida d'outros tempos,d'outras eras
num templo de beleza chamado juventude,
a que passa breve,qual divino estro
no cio da tarde adormece à espera,
expondo assim a dor da finitude.
E ainda que meu corpo anoiteça ,
cada estrofe e cada verso do poema,
tira-me das águas , lava-me a areia
o mar revolto dos meus velhos sonhos,
e me devolve o desejo rubro de sereia.
MARCIA TIGANI_ NOVEMBRO 2012
em múltiplas aquarelas.
Adormecida, ela está à espera
de luz e do ar da primavera.
Surge silenciosa e bela,
na vastidão do horizonte
e em rochas calcificadas de paixão.
São sinuosas as formas dessa fêmea
antes morta,enregelada,ou esquecida.
Desperta do sonho essa quimera
e se colocam lânguidos e desejosos
os fartos seios da donzela.
Conhecida d'outros tempos,d'outras eras
num templo de beleza chamado juventude,
a que passa breve,qual divino estro
no cio da tarde adormece à espera,
expondo assim a dor da finitude.
E ainda que meu corpo anoiteça ,
cada estrofe e cada verso do poema,
tira-me das águas , lava-me a areia
o mar revolto dos meus velhos sonhos,
e me devolve o desejo rubro de sereia.
MARCIA TIGANI_ NOVEMBRO 2012