Escravo do amor
Todo amor é um ócio
Desvairado equinócio
Primavera... verão
Em cada coração
Frio, pela realidade
Quente, pela emoção
Ócio que se faz vivo
Trabalho paradoxal
Em busca de um aval
De cada ser, de cada um
Toda forma de amar
É uma forma de achar
Que cada pensamento
É um lamento
Uma maneira de conter
A paixão reprimida
A dádiva adquirida
De poder ser
De poder amar
E, em cada desafio
Cada nova descoberta
Ter o insano poder
De, quem sabe, um dia poder
Negar os desmandos do coração
E obrigar a vil paixão
A dizer a si mesmo
Já chega, já basta
Não sou escravo
Mando em mim
Mesmo, que no fim
Mesmo reto, mesmo bravo
O amor se faça forte
Punindo quem não mereceu
Me dizendo, em alto e bom som
“Não há nem sul, nem norte
Quem manda aqui, sou eu”