Escravo do amor

Todo amor é um ócio

Desvairado equinócio

Primavera... verão

Em cada coração

Frio, pela realidade

Quente, pela emoção

Ócio que se faz vivo

Trabalho paradoxal

Em busca de um aval

De cada ser, de cada um

Toda forma de amar

É uma forma de achar

Que cada pensamento

É um lamento

Uma maneira de conter

A paixão reprimida

A dádiva adquirida

De poder ser

De poder amar

E, em cada desafio

Cada nova descoberta

Ter o insano poder

De, quem sabe, um dia poder

Negar os desmandos do coração

E obrigar a vil paixão

A dizer a si mesmo

Já chega, já basta

Não sou escravo

Mando em mim

Mesmo, que no fim

Mesmo reto, mesmo bravo

O amor se faça forte

Punindo quem não mereceu

Me dizendo, em alto e bom som

“Não há nem sul, nem norte

Quem manda aqui, sou eu”

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 17/11/2012
Reeditado em 11/06/2014
Código do texto: T3991270
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