SENTIMENTOS

SENTIMENTOS

Perdem-se entre os apontamentos da vida,

Os amores que alinhavamos como verdades.

Ou foram apenas simplesmente válvulas de escape.

Pela aversão à solidão, pelos modismos, pelos continuísmos...

Achamo-nos nas redes sociais, à procura de nós mesmos,

E encontramos outro tanto de nós!Também á deriva.

Embrulhamos os mesmos rótulos, os mesmos estereótipos!

Estamos assim vazios, e agimos mecanicamente, solidariamente.

Quando falo vazios, refiro-me à essência!

Estamos ocos por dentro, em que pese os holofotes.

E a saída que achamos, é sermos um novo amor, a cada dia!

Contudo as juras são as mesmas, pois ainda somos os mesmos...

O velho amante inveterado! As cicatrizes vão apenas superpondo-se,

Dai a trivialidade como vivenciamos o amor.

É que, ainda abrimos em cada esquina uma Caixa de Pandora.

Assim, conjugamos o verbo amar com a mesma perspicácia.

Albérico Silva