Um eu

Passo apressado ao passo que o vento refresca a manhã

Olhando para os pés, lá vai Maria pisando o passado

Esmagando os amores, sonhos, projetos que são já quase esquecidos

Presságios passeiam rodeando a cabeça que à toa tem ciência do espaço somente.

Tem outra Maria que em comum não mais que o nome, sorri ao vento

Caminham na mesma calçada e não se conhecem. Tampouco se veem.

E não interessa à Maria do passo apressado, a outra. O coração é o seu

Os olhos são os seus e não são da outra os sobressaltos durante o sono.