Desdém

Eu grito o seu nome a toda hora

Mais alto que essa dor que dói demais

Uso toda minha potência sonora

Exijo demais de minhas cordas vocais.

Escrevo-lhe canções apaixonadas

E as canto pra você na luz do dia

Você me olha com desdém e dá risadas

Ao jogar em mim um balde de água fria

Desisto, não faço mais serenata

Nem trago mais filmes pra você ver

Você não passa de uma suja rata

Vagando nos esgotos do seu ser.

Agora você grita como louca

Enquanto vaga por igarapés

Inutilmente você fica rouca

Por usar os seus incríveis decibéis.

Olho você de cima para baixo

Escarro em sua face com vigor

Agora sou eu quem não me encaixo

Nesse seu mundo de fezes e horror.

Você decidiu os rumos dessa história

Ainda sinto o gosto amargo do desdém

Você não lembra? Eu tenho memória...

E também sei dar desprezo muito bem!

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 16/11/2012
Código do texto: T3989293
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.