DICOTOMIA
DICOTOMIA
Na cabeça ainda indevassável
Tal qual cofre inalienável
Estão guardados os preceitos
Do bem e do mau feito
A cada instante
Os dois pronunciam-se
E vão avante
E precipitam-se
E entre os dois
Não há terceira via
Pois no depois
Há cacos na via
Para o bem e para o mau
Ficam marcas e cicatrizes
De atores e atrizes
Que sobem e descem de grau
São magnânimos e insignificantes
São amorosos e odiosos
Praticantes da dicotomia
Que migra da cabeça todo dia