DICOTOMIA

DICOTOMIA

Na cabeça ainda indevassável

Tal qual cofre inalienável

Estão guardados os preceitos

Do bem e do mau feito

A cada instante

Os dois pronunciam-se

E vão avante

E precipitam-se

E entre os dois

Não há terceira via

Pois no depois

Há cacos na via

Para o bem e para o mau

Ficam marcas e cicatrizes

De atores e atrizes

Que sobem e descem de grau

São magnânimos e insignificantes

São amorosos e odiosos

Praticantes da dicotomia

Que migra da cabeça todo dia

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 15/11/2012
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