Chão Canibal

Eu vou andando nas vias do meu destino

Desde menino sempre quis o meu lugar

Da vida dura sempre fui um peregrino

Sou nordestino, e esse aqui que é meu lar

Não tenho grana e nunca quis contar com a sorte

Eu piso forte nesse chão que é canibal

Que da comida, mas também que tudo come

Devora o homem que se acha imortal

Não quero ter a sorte triste de morar lá na cidade

Por traz das grades perdendo a mocidade

E vendo o mundo inteiro se odiar

E ainda ter que acordar sempre de madrugada

Correr, descer, lutar subir escada

E ir dormir na hora de acordar

Na ilusão se acabando atras de uma riqueza

Perde a beleza a inocência e o coração

E a alegria é só voltar para o sertão

Não quero não

Ter riqueza e solidão

Alessandro Lisbõa
Enviado por Alessandro Lisbõa em 14/11/2012
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