Em frente a janela semi aberta,
os olhos divisam a chuva fina
que tamborila suave no jardim,
a noite escura é promessa de sonhos
sob a batuta dessas águas,
pingos de nuvens tranquilas
ofertando vida à terra
e alimento para a meditação
enquanto os olhos
percorrem a quase total escuridão

Só, quase flutuando,
a alma medita,
em busca de algo que nem sabe
se perto ou longe pode estar,
porém quer ali permanecer
em horas quase vazias,
esperando descobrir na chuva
uma novidade qualquer

Sempre é assim,
momentos que passam em toques
aos ouvidos atentos,
nos lábios o mesmo sorriso franco,
não importa o tempo ruim
a mente se abastece  
de bons pensamentos,
sabe que em algum lugar
alguém também está
em alquimia percebendo
a mesma situação,
isso une os corações distantes
que caminham sempre
em uma mesma direção,
quem sabe amanhã
ao nascer de novo dia,
se encontrarão felizes
olhos nos olhos,
abraços, risos,
lábios em beijos,
alegrias


13/11/12

 
Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 13/11/2012
Reeditado em 03/08/2013
Código do texto: T3984582
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