Tempo Parado

Será mesmo que o Tempo passa?
O movimento que nos sugere o Sol e a Lua, de fato existe?
Por vezes, acho que não. Mormente quando vejo que a obssesão insiste.
Sim, mudam-se os nomes, mas o sentimento persiste.

Noutro poema escrevi que J. era obcecada por Ulysses.
Agora, vejo N. consumir-se por A. E com piores matizes.
Feia pintura. Lógica e amor próprio jogados ao chão.
Doloroso estar. Doído viver. Louca obsessão.

É o Tempo que não passa ou será a obsessão infinda?
Será praga de J. contra N., ou pior ainda?
Tantos rancores, ressentimentos. O ódio na berlinda.

Romântica entrega? Erro no Genoma? Alguma hereditária Patologia?
Tão doloroso lhe ver! Chegou-lhe a idade. Foi-lhe a magia.
Triste repetir. O "Eterno Retorno" sem um pingo de poesia.