O coadjuvante

Felicidade eterna é inalcançável

A minha fé não é inabalável

Minha situação jamais esteve estável

Sofro de mal de amor que é incurável.

Me acostumei a estar sempre sozinho

Pois no meu peito amor não constrói ninho

Tenho uma lápide no lugar do coração

Nunca senti o aroma do carinho

E sei que nunca te verei em meu caminho

A minha mão não tocará a sua mão.

Meus olhos negros (a cor da minha alma)

Vasculham o horizonte atrás de calma

Mas só enxergam pássaros caindo

Diante do meu drama a morte bate palmas

Enquanto o tédio faz piada dos meus traumas

A solidão no chão rolando e rindo e rindo...

Ganhei o oscar de melhor coadjuvante

Pelo papel de um miserável, louco e errante

Que procura eternamente uma guarida

Por achar que a vida ainda vale a pena.

Entretanto, isso não é coisa de cinema

Infelizmente, é a história da minha vida.

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 13/11/2012
Código do texto: T3983887
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