O coadjuvante
Felicidade eterna é inalcançável
A minha fé não é inabalável
Minha situação jamais esteve estável
Sofro de mal de amor que é incurável.
Me acostumei a estar sempre sozinho
Pois no meu peito amor não constrói ninho
Tenho uma lápide no lugar do coração
Nunca senti o aroma do carinho
E sei que nunca te verei em meu caminho
A minha mão não tocará a sua mão.
Meus olhos negros (a cor da minha alma)
Vasculham o horizonte atrás de calma
Mas só enxergam pássaros caindo
Diante do meu drama a morte bate palmas
Enquanto o tédio faz piada dos meus traumas
A solidão no chão rolando e rindo e rindo...
Ganhei o oscar de melhor coadjuvante
Pelo papel de um miserável, louco e errante
Que procura eternamente uma guarida
Por achar que a vida ainda vale a pena.
Entretanto, isso não é coisa de cinema
Infelizmente, é a história da minha vida.