Quanta pena desse brasil
A poesia estrangulada
no peito estreito
E o coração...
Apertado,
Entre pedras do peito
“você sabe
Como são os corações
Afinal você tem um
Bem ai, ou não se lembra”
“- eu juro que você tem!”
uma voz na multidão
me ajuda...
“Mas voltemos
Pois a poesia não se
Prende a uma única estrada”
O silêncio corre
E dá trombada
No muro de anil
Sem mil vezes (eu repito)
Quanta pena
Desse brasil!
Quanto roubo
Quanta miséria
Quanta sacanagem
Sem mil vezes
“É terra da malandragem”
não vejo o homem
cordial aqui, eu vejo
sim, o homem sem pau
um verme num carnaval
Entretanto
Na vastidão de bruma
Seu fruto fresco ( aquele
Fruto que mereço)
Navega todo acordado
Na frescura de espuma