NÃO ME PERTURBES TANTO

Antonieta Lopes

Não me olhes assim, de jeito esnobe,

Eu fico atrapalhada, indefesa,

Meu coração no peito desce, sobe,

Não resiste, do sangue à correnteza.

Eu chego em casa, ponho um velho robe,

E te relembro o garbo, a afoiteza,

Tudo me cai das mãos, pra que eu me afobe,

Basta te ver no olhar a chama acesa.

Eu não posso te amar, não me provoques

Com tua sedução de homem feito,

Na minha carne dando leves toques.

Eu não quero te amar, não é direito,

A minha mão na tua produz choques,

Eu não perdôo falta de respeito.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 13/11/2012
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