Prostituta:



amigo...
aquela mulher
naquela mesa em frente
já foi minha, foi sua, eu sei.
hoje ela é mulher de todos
que tenha dinheiro no bolso
para pagar por sua atenção
eu sei amigo
que você vai me dizer
que ela é prostituta, e daí.
quem sou eu, quem é você.
quem somos nós para julga-la
se hoje cometermos um ato destes
amanhã seremos julgados com certeza
condenados, sem direito a perdão.
por isso amigo...
não julgues o próximo
mesmo que você tenha razão
jamais, jogue a primeira pedra.
porque poderás ferir algum inocente
mas, se tiveres dinheiro para pagar
pague a ela por uma noite de prazer
talvez um dia ela tenha sorte na vida
e, lhe estenda a mão lhe agradecendo
os mizéros trocados que hoje pagas
por alguns minutos de seu amor.


sei que alguém um dia, vai me perguntar, por que
eu falo tanto de bares, mulheres e garçons, porque falo da noite, isso tudo começou nos anos sessenta, naquela época
eu vivi algum tempo na noite, porque razão eu não sei dizer talvez o medo da solidão me direcionavam pra lá, foi neste curto período que eu conheci várias pessoas maravilhosas entre elas, as prostitutas, mas foi nos anos oitenta, que, aprendi a conhecer estas mulheres e entende-las, não tanto quanto eu gostaria, mas o que conheci sobre elas para mim foi o bastante, para que eu aprendesse admira-las e respeita-las e foi com elas que eu aprendi uma lição de vida, como aprendi a dar valor as coisas boas que recebi da vida, as quais eu não dava a mínima importância, por esta razão não julgo ninguém, que me condenem se eu estiver errado, no meu jeito de pensar.

Balneário dos Prazeres: 27/02/2007