VENCIDO!
Amador Filho.
Sinto no peito lanceado insólita amargura.
Ruíram-me os lindos sonhos e castelos
Que construi com tanto fervor e ternura,
E que representavam encantadores anelos.
Em meio à tão intolerável desventura,
Vendo desfazerem-se meus ideais mais belos,
Lembrei-me daquela desalmada criatura,
Que destruiu meus sonhos, os mais singelos.
Tudo se foi numa sequência cruel e voraz,
Corroendo e dilacerando minhas entranhas,
E deixando-me completamente ineficaz,
Ante dores avassaladoras e tamanhas.
Tenho vivido desventurado e incapaz
De refazer na minha vida a confiança,
Pois o momento me parece tão fugaz,
Que me falta o combustível da esperança.
Sou um vendido um mísero desgraçado
Que vegeta no mais deplorável ostracismo,
E vivo vagando sozinho e abandonado,
Só tendo a consolação do ESPIRITISMO!
Santa Luz, 30 de outubro de 2012.
2,30 h.