Vida após a morte
Vida após a morte
Eu vi, confesso que vi,
Tantos bichos em meu caminho passando
Que acho que não vi...
Ilusão de ótica?
Pedradas em predadores... Isso não! Nunca!...
Prefiro morrer à míngua ou ser comida de leão...
São lindos...Os felinos...
Olhos de gato nos aproxima
Feito imã
Num traço animal rasteiro
De pegadas pagãs.
Senhor...Abençoe-me, não temo a escuridão...
É tudo tão escuro...Somente o céu é claro
Em Sua infinita grandeza
Possuído pela Lua e estrelas...
A janela da minh'alma, abre-se em delírio ao vê-las...
Cadê a lanterna Senhores?
Me prometeste ida e volta
E o que tenho?
Não comprei passagem só de ida...
Olhos arregalados de ausência...
Os segredos d'alma, feito pétalas, despertam...
Sinto...
Que és bocó, Seu Caipira
Tens medo de pirilampos
E qualquer coisa que voe em torno da lanterna
Furo buraco
Faça experiência de tato em caverna
Enquanto sigo tonto
Pelas imagens tantas
Que meu corpo febril
Deita-se na rede...
Desfaleço
E por segundos morro.
Sinto socos profundos no peito
Na experiência de vida após-morte
Numa fração de segundos
Volto ao mundo...
Tony Bahia.