Vida após a morte

Vida após a morte

Eu vi, confesso que vi,

Tantos bichos em meu caminho passando

Que acho que não vi...

Ilusão de ótica?

Pedradas em predadores... Isso não! Nunca!...

Prefiro morrer à míngua ou ser comida de leão...

São lindos...Os felinos...

Olhos de gato nos aproxima

Feito imã

Num traço animal rasteiro

De pegadas pagãs.

Senhor...Abençoe-me, não temo a escuridão...

É tudo tão escuro...Somente o céu é claro

Em Sua infinita grandeza

Possuído pela Lua e estrelas...

A janela da minh'alma, abre-se em delírio ao vê-las...

Cadê a lanterna Senhores?

Me prometeste ida e volta

E o que tenho?

Não comprei passagem só de ida...

Olhos arregalados de ausência...

Os segredos d'alma, feito pétalas, despertam...

Sinto...

Que és bocó, Seu Caipira

Tens medo de pirilampos

E qualquer coisa que voe em torno da lanterna

Furo buraco

Faça experiência de tato em caverna

Enquanto sigo tonto

Pelas imagens tantas

Que meu corpo febril

Deita-se na rede...

Desfaleço

E por segundos morro.

Sinto socos profundos no peito

Na experiência de vida após-morte

Numa fração de segundos

Volto ao mundo...

Tony Bahia.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 12/11/2012
Reeditado em 13/11/2012
Código do texto: T3982354
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