DE REPENTE
Uma dor, uma alegria,
momentos do dia-a-dia
que vão passando,
enganando
o correr da vida
corrida.
Ficam sabores e odores,
cores,
tatos e olhares,
formas e rostos.
Restos.
Cenas coloridas,
ou não.
Retalhos de vidas
em teia, tecidas
com ódio ou paixão.
Escondidas no coração,
perdidas na imaginação,
retornam com a idade,
no bojo melancólico da saudade.