CRENDO NO AMOR...
Entre o muito que muito quero,
e o muito que tanto desejo,
há a grande imensidão
do meu não crer...
E fico fingindo que nada espero,
além de algo benfazejo,
que me tire desta lassidão
e devolva o meu querer!
No sussurro das nuvens nada oiço,
nem os pingos do sofrimento...
Só o sonho que se esboroa
alerta meus sentidos...
E como uma criança num baloiço,
oscilo nas asas do esquecimento...
Sei que nada em mim perdoa
que sonhe sonhos repetidos!
Procurarei rever minhas erradas crenças
p’ra corrigir minhas diferenças...
Procurarei sonhar e viver novos sonhos
que não venham a ser enfadonhos...
De crer no Amor, sei que não deixarei...
E que o meu ritmo de ser não afrouxarei...