Deixa-me ser senhor
Para o gosto Pára pele
Para minha língua
Assanhada ( víbora
Que late sobre a outra
Sombra desabrochada)
O sismógrafo marca
Pisando forte: um
Cavalo de dentes grande (um cavalo vampiro)
Trotando sobre a dor
Da cidade (
Sem mais esperança,
“Somente o agora como uma coceira nas vergonhas”
No peito
Nos balões feito de
Pleuras, na multidão
de co2 e O2 e outros
medos...
O embaraço
Que já se via nos olhos
Outros Jeitos (pedra e poeira
Cheiro de fedegoso )
Resto de eras (aquele fedor das latrina pública)
A Pele de Gabriela
Que daquela boca
Escondeu o que era ela...
aquela boca fabricada
no final da goela...
(era alegre sua miséria)
corpo prossegue ( um monte de osso
desarticuladamente mentido)
plac plac plac plac plac plac plac
cansadamente sonâmbulo
Morto, vivo, talvez dentro
Do oco do osso, tutato,
Ou desgosto...(Ou apenas
o metado do fogo-fatuo
Se passa há 38 anos...
Na calçada, pela janela
Do quarto....o oco
do osso,
(deixai-me ser senhor,
nem que seja
de dor )