OBSCENO JOGO DO AMOR
Um momento de solidão
Um beijo grávido de ilusão
Uma saudade crua
Uma lembrança nua
Uma breve nostalgia,
do aceno de um adeus
Uma chuva que chora
Um vento que se delicia,
com o triste canto da cotovia,
que pia a canção da dor
Uma alma em letargia,
curva-se diante de Deus
e silencia
Chora a morte das fantasias
Uma fera ferida grita,
com o corte do pulso que pulsa
a inércia da vida
Com um sonho não vivido
Um verde feto extraido,
de um coração sonhador,
que sofre por não entender,
as prolíxas regras
do obsceno jogo do amor!
Recife-PE