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QUEM?
Quem é você vestida desse jeito,
se achando minha dona por direito, quem?
Quem é você que maltratando tanto
faz de pousada este pobre peito
e reinventa sentimentos, já desfeitos?
Quem é você, afinal, que me espanta
quando triste no meu canto, canta
a sinfonia soturna que me causa pranto?
Quem é você que chega sem demora
revira a casa, o passado, a minha história
e reascende aqui tantas memórias?
Quem é você?
Quem?
Ah... por fim, desfaz-se a cortina
e eis que surge diante das minhas retinas
a silhueta esguia e sem maldade
da causadora de toda esta agonia:
a saudade.