Perguntas ao silêncio

Ainda meio atordoado pelo texto

"DO SILÊNCIO"

De Marcos Lizardo, escrevo....

Perguntas ao silêncio

Pergunto ao silêncio e ele silencia...

Um grito esbraveja em minh'alma

E faz perguntas as Mães de silenciosos soldados

Que da guerra, nunca voltaram...

Esqueceram disso?...As Mães, não!...

Dos calabouços e dos versos partidos ao meio

Dos gritos silenciados por sentenças vãs...

E tudo em vão... que em vão foi partido.

Elo perdido, na minha desilusão.

Do silêncio...Meu Deus do silêncio...

De quem queria falar em prantos, aos gritos...

Tapo a boca num sussurro e urro

Até perder-me de mim, desmaiando o silêncio...

Beijo teu retrato aos prantos!

Nunca uma lágrima me contenta...

Nem foi contida...silenciada...apenas!

Ouço um canto e nem um canto me alivia

Ouço voz e nenhuma voz descrusifica-me

Tudo e todos me condenam por ser poeta...

Como diz Marcos Lizardo: Poesia não alimenta.

Sem nunca ter cometido crime

Fui todos os crimes e sentindo açoites e chibatadas

Entreguei minhas costas em minh'alma liberta

Alma branca ou negra...Alma tem cor?...

Salve! Os inválidos e desvalidos

Os condenados em vão...são tantos

Que meu canto passarinho cale-se

Um minuto de silêncio em vão.

Tudo em vão até os horizontes e descaminhos

Que nunca encontrar-se-ão no trevo...

Apenas o desejo - AME-SE...menino pagão

Sejas cristal/índigo

"Eron Levi", Marcos Vinícus, "M V", Davis, Catherine,

Todos são santos em mim...

Meninos que leio e louvo...

São deuses-meninos! Meninos-lobos

Mastigando poesia...

Idéias imagino...raciocínio...

Liberte-se menino que em ti foi em vão

Que nunca teve brinquedo

Mergulhou profundo na felicidade do mergulho

Que nunca deveria ter voltado à tona...

O menino sempre volta, porque é relva...floresta e luz

Que saudades do que fui menino...Só eu sei...

Segredo...(Querendo ser revelado)!....

Viva aquele instante que deste vida

Aquele que em ti foi vida

Feito garimpo e garimpeiros

Encontrando pepitas de ouro

No silêncio das perguntas

Que gritam a ermo...

Ao silêncio, responderei...

Quem sou?...Quem dará a resposta,

Que nem mesmo sei?...

Perguntas ao silêncio, silenciarei.

Tony Bahia

Boas dicas, para leituras: Marcos Lizardo

Eron Levi

M V

Arana do Cerrado¨

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ïnteração¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Crepúsculo

Venho tentar quebrar meu silêncio inquebrável

Em saudação ao meu amigo

E aos teus próprios silêncios

Ao silêncio dos teus poemas vitrais

Natureza

Cilícios.

Venho saudá-lo ao poeta e as teus versos

Eu, cigana

Esta sempre abdicada de si mesma.

Segredos de garimpeiros

Devia eu tê-los perguntado ao meu pai

que viveu nos rios

e garimpou sonhos.

Meu pai Luiz

que faz aniversário amanhã

mesmo em outra dimensão de ser

no dia da República

Que deu no que a gente vê.

Beijo violeta Zu.

Obrigado querida Zu...pela linda interação...

Que seu pai esteja em Paz, garimpando sonhos...

Beijos azuis e violeta...tony.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 09/11/2012
Reeditado em 15/11/2012
Código do texto: T3977327
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