AS SOMBRAS DO AMOR

Quando eu passar por ti nas margens estreitas de uma rua;

Não mude seu sentido ao caminhar,

Erga teus olhos, finja não ter me visto passar,

E apenas ignore, se minha sombra parar ao esbarrar na sua.

É que eu nunca soube viver de aparências;

E até nossas sombras necessitam dizer que uma noite foi pouca,

Nossos corpos inda irão transpirar por um longo dia,

Até que a noite venha trazendo contigo o fim de nossas diferenças.

Enfim, nossos corpos falarão por nós;

Chamar-nos-emos de loucos,

Faremos o que as paredes guardarão em seus segredos,

Partiremos ao amanhecer, com o desejo de subir a fonte até a sua foz.

Levaremos nosso segredo sem que deixemos ser descoberto;

Amar-nos-emos todas as noites,

Como a fúria de um vulcão,

Andaremos dias distantes, como cidade e deserto.

Seremos o dia e a noite,

Com o encontro em um longo eclipse,

Onde nossos corpos se fundem em apenas um,

São segredos de amor,

Vividos por nós, sem que o mundo pudesse aplaudir;

É o nosso amor se encontrando nas sombras,

E se perdendo no medo de ir e vir.

Josegomes
Enviado por Josegomes em 09/11/2012
Código do texto: T3976725
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