MEDO

O real dá medo

Sinto medo. Medo.

Busco não encontrá-lo;

Persegue-me. Não quero

a batalha.

Subterfúgios me socorrem nesta hora.

Meu corpo treme

Meu corpo só pede uma parede. Encosto.

Meus nervos estão em brasa.

Os pensamentos me perseguem.

As decisões são pensadas, mas

nunca tomadas, conduzidas por mim

Que tenho medo.

Esconder. Me esconder.

A frieza do chão é minha companheira.

Sinto-me a pior das criaturas;

Vozes clamam por mim

Sei que posso ajudar, socorrer.

Tenho medo, medo.

Não consigo me movimentar...

Alguém precisa de mim. Um alguém genético.

Uma história familiar. Uma voz que clama.

Sei os passos que devo seguir.

Sei por onde ir,

Há uma gritaria dentro de mim.

Dedos me indicam, mostram meu medo.

Minha fraqueza.

Sei. Sei. Não consigo andar. Fazer começar....

Deixo para amanhã a decisão. Sempre.

Haverá amanhãs.

As letras me salvam, no entanto

A minha fraqueza embarcou para o infinito.

JAMERSON SILVA
Enviado por JAMERSON SILVA em 08/11/2012
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