Sina
Crente que nunca traiu
Sentiu o chão passar a perna
Se recusando a absorver seu suor
Sem perspectiva de espaço
Sem expectativa de tempo
Dalí da sua imagem fez-se surreal
Decidiu que o jazz não convence
E que só chora em azul
Escondida em si, estridente e ruidosa
Sua sina é vagar feito o quinze
E descobrir que a fome é clássica
Só pra ter o que contar no final
Não adianta a favor ou contra
De um lado o medo da rua
Toque de recolher o sentimento
O oposto angustia pela não ação
Anularam seus direitos te dando um dever
Agora você tem um grande irmão
Eu sei que você tem outros
Que matam e morrem por sua bondade
Só que o fogo cruzado nunca sabe a diferença.