NO TEMPO DO AMOR
Um sussurro de alma,
uma confissão,
na mão direita, perfume de rosas,
a esquerda estendida
pingando perdão...
Perdoa-me, é a mão do coração;
num olho um pedido,
noutro, o peso de uma promessa.
A vida suplica passagem,
verte entre os dedos do tempo.
Um sussurro de alma,
um quase sufoco,
na garganta um nó aprisiona
no peito um grito rouco.
Os sulcos da face condenam,
o instante não perdoa,
clama a eternidade,
o amor tem pressa.
Um tanto de realidade
cabe na interseção dos sonhos.