NO TEMPO DO AMOR

Um sussurro de alma,

uma confissão,

na mão direita, perfume de rosas,

a esquerda estendida

pingando perdão...

Perdoa-me, é a mão do coração;

num olho um pedido,

noutro, o peso de uma promessa.

A vida suplica passagem,

verte entre os dedos do tempo.

Um sussurro de alma,

um quase sufoco,

na garganta um nó aprisiona

no peito um grito rouco.

Os sulcos da face condenam,

o instante não perdoa,

clama a eternidade,

o amor tem pressa.

Um tanto de realidade

cabe na interseção dos sonhos.

Rose Tunala
Enviado por Rose Tunala em 08/11/2012
Código do texto: T3975034
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