inultilmente
tenho passado pelo tempo
horas demais, horas à fora
sondando o espelho dos olhos
ajoelhada nos beirais de abismos
sorrindo daquele passos que caem
sem que me digam até logo, até mais...
é esse tempo em janelas de outrora
esses segundos que a paz minha defloram
essa eternidade sem ninho, sem volta
de mãos dadas com as nuvens
chorando sonhos, chorando ecos,
esquartejando pulsos e elos
tenho pensado em faces, em males
em escombros, em escaras, em escalas
tempo demais, tempo que se esvai....