ABRIGO
Depois do
último abraço,
tão profundo,
desabou o mundo,
caíram estrelas,
apagadas,
a longa
e fria noite
anunciando...
(Re)nasceremos
em outro céu,
e a poesia
voltará
de novo
a correr,
trazendo
luz e cor
aos versos
e à vida…
E a água,
fresca
e pura,
brotará
de novo,
na fonte
onde sempre
me encontrarás…
E no olhar,
sol, sorrisos,
melodia, flores,
rios, mares,
searas de trigo,
(re)ssurgirão,
na minha
e na tua mão...
Tudo que
preciso,
para construir
meu abrigo…
Ana Flor do Lácio