PELO MUNDO

existe uma estrada

dentro da estrada

que vai conduzindo

a esperança

dedicada eternamente

a certeza

que há salvação

para alguns humanos

no entanto

para uns

nada acerta

nada presta

a fúria é o dominio

há falta de ética

a falta de achar-se

e pelo mundo

adentrando a tarde

o vento abana as folhas

os braços das árvores

o cheiro de sal

misturado ao sol antigo

vai trazendo um novo tudo

vai levando um céu perdido

deixando á mostra

um coração em cada janela

uma historia em cada vela

dos barcos entediados com as ondas

o vento inventa nova chance

enquanto o mar avança

espumante, feliz

e gaivotas gritam

(onde)? onde

estão as poesias constantes

das tardes salineiras

nesse azul ?

aí ouve-se a voz

da tarde fraca

do sol amornado

de gente raça

desde o primeiro calor do dia,

as poesias morreram quase

entre as ombreiras das tuas frases

que falam muito e nada ensinam

faz-se tarde de primavera

o mar ondeia entre a esfera

das mal querencias e desatinos

do ser humano em uma teia

ninguém comanda a vida alheia

em cada mesa há ceia

em pratos de liberdade

e a tarde vai em despedida

adentra o mar , o véu da brisa

os peixes dançam sob a água

gaivotas voltam ao aconchego

areias correm entre meus dedos

qualquer futuro é incerto

e mais uma janela da vida fecha

levando sonhos, falas, medos,

deixando outro ( amanhã) em aberto

quem sabe um novo ser humano

em festa !

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 07/11/2012
Reeditado em 07/11/2012
Código do texto: T3973945
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