Para Sentir! – III

Olha os extremos copiosamente água,

Varando aos cantos de todos os sentidos,

Rutilante é o escarlate dos olhos,

Pelas densas que se acumulam aos céus,

Sobra o sopro do ar mais quente,

Pela tenra pele que aflora na selva,

Posterga ao ar uma melancolia ávida,

Subnutre os ânimos, uma falsa pedra,

Dores farsantes desfilam dobras nuas,

Calca a terra em imagens diversas,

Expõem alguns desejos na borda da face,

Sim, intensifica o brilho dos anseios,

Da boca tocar em suaves beijos, cálidos,

Põem-se ao lado os extremos por enquanto,

Os pensamentos já divagam celerados,

Tendo o prazer como norte, em atino,

Uma dose, água aos cântaros, fragrâncias,

A ousadia sobre a mesa, nua completamente,

O tempo até pára, para o próximo gozo!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 01/03/2007
Reeditado em 01/03/2007
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