Para Sentir! – III
Olha os extremos copiosamente água,
Varando aos cantos de todos os sentidos,
Rutilante é o escarlate dos olhos,
Pelas densas que se acumulam aos céus,
Sobra o sopro do ar mais quente,
Pela tenra pele que aflora na selva,
Posterga ao ar uma melancolia ávida,
Subnutre os ânimos, uma falsa pedra,
Dores farsantes desfilam dobras nuas,
Calca a terra em imagens diversas,
Expõem alguns desejos na borda da face,
Sim, intensifica o brilho dos anseios,
Da boca tocar em suaves beijos, cálidos,
Põem-se ao lado os extremos por enquanto,
Os pensamentos já divagam celerados,
Tendo o prazer como norte, em atino,
Uma dose, água aos cântaros, fragrâncias,
A ousadia sobre a mesa, nua completamente,
O tempo até pára, para o próximo gozo!
Peixão89