Mal Me Queres! Bem Não Me Queres!

Não sou de fazer tipo.

Minhas “invirtudes”, eu mal disfarço.

Mas, ainda sim, depois eu percebi,

Fui pichado como sendo outro que não vivi.

Tipos que nunca fui.

Tipos de infames atitudes.

Tipos inconcebíveis para a educação que recebi.

Tipos que aviltam minha magnitude!

Maledicências imbecis,

De diletos falazes.

Idiotas vis e loquazes,

Que golfam irônicas inverdades!

Mil vezes o silêncio melancólico

De uma vida insular, mas, sem intrigas.

Que a folgança fingida de sutis pérfidos.

De frouxos abraços e sentimentos abjetos!

...

Guardo comigo, intocada,

A tal honra mal falada.

O maculado respeito,

De um pacato e bom sujeito.

- Que sou e sempre fui!

J. A. COSTA, 06/11/2012.